Se você já leu o livro de Robert Kiyosaki “Pai Rico, Pai Pobre”, vai reconhecer o título deste post.
Em Pai Rico, Pai Pobre, Robert Kiyosaki fala que o imóvel primeiramente é um passivo e te gera despesas. Esse argumento é verdadeiro, contudo, você pode transformar um passivo em ativo!
Muitos jovens da nova geração mais afeitos aos riscos também dirão que “Comprar imóvel é uma grande despesa e não se trata de investimento”. Esse pensamento também é verdadeiro, mas depende!
O que pretendo defender neste post é porque a aquisição de um imóvel, mesmo sendo um passivo (se for o seu único bem durável que não te gere receitas) pode vir a ser mais vantajoso do que ficar pagando aluguel. Vamos aos fatos:
“Quem casa quer casa”… Nesse momento você pode me dizer, esse pensamento é retrógrado, os jovens não querem mais adquirir um bem tão caro, preferem investir em renda variável. Depende!
É sabido que jovens casais no início da vida a dois queiram viajar, investir numa carreira promissora e planejar o futuro.
Quando falamos de futuro eu defendo a ideia do imóvel próprio.
Ao pensar em filhos, você provavelmente vai querer deixar um legado e um imóvel é um bem durável e extremamente sólido. As famílias ainda pensam em deixar algum bem para seus filhos e daí vem algo literalmente duradouro: o tijolo!
Aí você vai me dizer: – Nossa, Styllo, mas um imóvel tem baixa liquidez, não dá para fazer dinheiro fácil. Aí eu te respondo:
– É verdade! E as famílias sólidas não pretendem vender patrimônios para conseguir dinheiro fácil, elas querem aumentar o patrimônio, seja em bens de baixa liquidez, seja em bens de alta liquidez, trabalhando com diversificação de investimentos.
Então, partindo do pressuposto de que tudo depende, quero lhe convidar a pensar. Que tal fazermos alguns cálculos?
Pedro mora em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. Ele paga R$ 3.900,00 de aluguel em um apartamento de 2 Dormitórios de 64m2. Pedro trabalha em uma empresa de tecnologia, é solteiro, sem filhos, tem 32 anos e um salário líquido de R$ 14.000,00. Ele sempre fica na dúvida se deve continuar pagando aluguel (já paga aluguel há quatro anos) ou se aproveita que tem R$ 120.000,00 investidos em renda fixa e R$200.000,00 de FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para dar de entrada em um imóvel de 2 Dormitórios na mesma região em que ele mora.
E então? No caso de Pedro, seria melhor ele continuar pagando aluguel ou utilizar o valor que tem de FGTS mais o valor que tem investido em renda fixa para comprar o imóvel?*
O que você faria se fosse Pedro?
*Considere: IPCA de 5% ao ano (parâmetro de valorização do imóvel segundo Boletim Focus 2019); IGPM (Índice Geral de Preço de Mercado) de 4% ao ano (parâmetro para reajuste do valor do aluguel); Taxa de juros de financiamento imobiliário de 8,0% ao ano e custo de 5% de ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) e demais documentações.
*Considere ainda que Pedro ocupa uma posição de suma importância em uma empresa saudável e que mesmo com crises mundiais o risco dele ser demitido é extremamente baixo.
Vamos aos cálculos;
Considerando que Pedro faça o financiamento:
Valor Total Pago (Entrada + Custos + Valor financiado + Juros): R$ 732.816,23
Deste total, foi pagou de Juros: R$ 92.316,23
Valor do Imóvel Após 120 Meses: R$ 992.633,48 (considerando o IPCA 5%)
Opção Aluguel + Investimento
Quanto você teria se investisse o valor das prestações menos o valor do aluguel que você pagou: R$ -206.326,89
Valor da Entrada + Custos: R$ 637.698,56
Valor Total Acumulado em Investimentos: R$ 431.371,66
Portando, neste caso, a melhor opção é Financiar.
Um imóvel pode ser um ativo ou passivo, sempre depende.
A melhor resposta é aquela baseada em fatos. Espero ter esclarecido um pouco sobre esse tema um tanto quanto polêmico.
Depois deste post, o que você me diz, um imóvel é um passivo ou ativo?
Eu vou lhe responder: Depende!
Seja bem vindo ao HabiteHoje, o nosso propósito é te ajudar a Habitar Bem hoje!
Pode entrar.
Por Denise Styllo
Porque na vida é preciso ter estilo.
Creci 197.914